Na última terça-feira, 7 de abril, ocorreu a Congregação Extraordinária da Faculdade de Educação, que teve como único ponto de pauta “Plano Diretor e a Faculdade de Educação”.
Estudantes, funcionários e professores participam da Congregação.
A Congregação é um órgão colegiado que está acima da Direção. Sua criação tem um papel histórico importante, ampliando as possibilidades de discussão e decisão sobre os rumos das instituições. Porém, atualmente percebemos que a correlação de forças encontra-se arcaica. Se realmente defendemos um espaço que amplie a participação nos rumos decisórios, a Congregação não contempla mais, pois a divisão de votos coloca 70% entre os professores, 15% entre os funcionários e 15% entre os alunos.
Com 1 hora de atraso, a reunião se iniciou, com a mesa composta pela Diretora Ana Maria Monteiro, pela Vice-Diretora Márcia Serra e pelo secretário Leonardo. Nove congregandos estiveram presentes (7 professores, 1 funcionária e 1 aluna)—apenas esses possuem direito a voto. Cerca de 10 estudantes acompanharam a Congregação, a fim de pressionar para que esse debate sobre o Plano Diretor fosse ampliado.
Inicialmente, foram apresentadas posições dos presentes sobre o debate que estava na pauta. O CAPed realizou a leitura de uma carta, que apresentava duas propostas: a) ampliação das discussões para que toda a comunidade acadêmica da Faculdade de Educação tivesse acesso ao debate; b) realização de um Plebiscito Oficial para deliberar sobre a transferência para o Fundão.
Luiza Colombo, em nome dos estudantes, pede ampliação da discussão e da decisão sobre a transferência. Congregação vota contra e tem pressa para delibarar sobre um tema de tamanha relevância para todos(as).
Gabriel Marques apresenta a relação da transferência para o Fundão com a precarização da Educação Pública vigente na Reforma Universitária e no REUNI de Lula/PT.
De acordo com o estudante Gabriel Marques, “o reordenamento espacial apresentado pelo Plano Diretor tem uma conotação política e pedagógica que precarizam as condições de trabalho e a Educação Pública como um todo, pois ele está subordinado às metas do REUNI, que visam dobrar a quantidade de alunos sem oferecer condições propícias para tal situação. Hoje estamos sem estágio por conta da falta de verbas, quando falta água ou sobra água (chuva) as aulas precisam ser canceladas etc. A Universidade não pode pensar no seu futuro mascarando o presente. Precisamos aprofundar esse debate e garantir que todos os segmentos possam participar das decisões sobre os rumos da Faculdade de Educação. Diversos cursos novos do REUNI abriram vagas e faltam professores, salas de aula, condições para permanência etc. É um absurdo e irresponsável aderirmos a um plano supostamente apenas arquitetônico, mas que no fundo materializa a política neoliberal imposta pelo Governo Lula/PT.”
A Congregação foi marcada para a próxima quinta-feira, 16 de abril, às 9:30, na Sala Anísio Teixeira. A gestão Além do que se vê do CA de Pedagogia convoca todos os estudantes para uma REUNIÃO GERAL terça-feira 14 de abril às 17h na Sala Anísio Teixeira.
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